Uma excelente dica para quem quer mudar de linguagem de programação é começar com Python. Uma ferramenta poderosa que, segundo pessoas que programam com ela dizem não deixa a desejar em nada para o IDL (sic). Uma boa dica de tutorial é o que segue:
http://www.scipy.org/wikis/topical_software/Tutorial
Cheio de aplicações a astronomia.
Abraços
Tuesday, June 30, 2009
Monday, June 8, 2009
Dicas para redação da sua tese/exame/dissertação
Pessoal, agora que recém terminei de escrever a minha tese, vou tomar um tempinho pra dar umas dicas sobre como elaborar a sua tese de doutorado/exame de doutorado/dissertação de mestrado com o LateX.
Infelizmente o IF não possui um modelo padrão para elaborar a tese. O modelo de tese latex que tem circulado entre os alunos há alguns anos foi inicialmente elaborado pelo Irapuan Rodrigues, quando ele escreveu a sua tese em 1999. Posteriormente, quando escrevi a minha dissertação e posteriormente a tese, introduzi algumas pequenas melhorias no template do Irapa. Aos alunos do IF-UFRGS: quem quiser este template com as atualizações, é só me mandar um e-mail.
TESE-MAIN.TEX
O arquivo principal é o tese-main.tex, que delineia a estrutura geral da tese. Nele você define:
- qual o tipo de documento a ser gerado: dissertação (mastersthesis), tese (phdthesis) ou exame (exame)
- quais os pacotes latex que você vai precisar
- informações da tese: título, autor, orientadora etc
Na parte final do arquivo, você define a ordem em que os capítulos e apêndice(s) vão aparecer editando os comandos
\include{tese-capX}
onde tese-capX é o texto contido no arquivo tese-capX.tex. Eu sugiro editar cada capítulo em um arquivo tex separado. Caso um destes arquivos seja corrompido (por exemplo, devido a uma queda de luz), pelo menos a tese toda não é perdida.
ARQUIVOS *.STY, *.CLS
Os arquivos ifnatbib.sty, isolatin1.sty, stdclsdv.sty, iftese.cls, natbib.sty, tocbibind.sty definem as propriedades da formatação da tese. Recomendável não editá-los, a não ser que você realmente saiba o que está fazendo.
BIBLIOGRAFIA USANDO BIBTEX
O arquivo tese-refs.bib contém a bibliografia do documento no formato bibtex. Você vai que copiar e colar neste arquivo a entrada bibtex de cada artigo/livro etc que você cita no corpo da tese. Uma maneira fácil de obter as referência no formato bibtex é acessar a página do ADS, achar o artigo desejado - por exemplo este aqui ;) - e procurar o link "Bibtex entry for this abstract". É possível também listar as entradas bibtex para vários artigos ao mesmo tempo no ADS, selecionando a opção "BIBTEX reference list" no campo FORMAT da página do ADS.
Quando o artigo tiver sido publicado nas revistas usuais da astronomia (ApJ, A&A, MNRAS), tome o cuidado de alterar o campo na entrada bibtex fornecida pelo ADS de
journal = {\mnras}
para
journal = mnras (retire as chaves)
Desta forma, o nome da revista correspondente vai aparecer automaticamente, e você não vai precisar escrever o nome da revista por extenso na entrada bibtex.
Quando você altera o arquivo tese-refs.bib, simplesmente "latequear" a sua tese não vai atualizar a lista de referências resultante no arquivo DVI. É necessário também rodar o comando bibtex e depois latequear. Você pode rodar o shell script make.sh (sh make.sh) que faz isto automaticamente.
Update: Sobre as referências Bibtex, há uma dica quente no post "coletando as referências da sua tese/dissertação de forma eficiente no ADS". (08/7/2009)
SCRIPTS ÚTEIS
Além do make.sh, existem alguns outros scripts que podem ser úteis. Os arquivos *.sh são shell scripts para linux/mac, enquanto os arquivos *.bat são scripts que devem ser executados num prompt de comando do windows.
clean.sh (linux/mac), clean.bat (windows)
"Limpa" o diretório da tese, apagando os arquivos que são gerados quando você "latequeia" a tese.
backup.sh (linux/mac), backup.bat (windows)
Cria uma cópia de segurança dos arquivos da tese, gerando o arquivo backup.tar. No windows é necessário instalar o programa 7-zip e alterar o caminho até o executável deste programa no arquivo .bat.
EDITORES AMIGÁVEIS DE LATEX
Eis as minhas sugestões:
Linux: Kile, Texmaker
Windows: Texmaker, TeXnicCenter
Mac OS X: TeXShop (ver também os editores listados aqui)
É claro que há também Emacs, VI, etc, porém o nome desta seção é editores amigáveis.
DICIONÁRIO DE PORTUGUÊS
É útil ter para fácil consulta um bom dicionário de português durante a escrita da sua tese. Para quem quiser (somente alunos do IF-UFRGS), está disponível a versão eletrônica do Dicionário Aurélio, que roda no windows (e também Linux e Mac OS X via Wine).
CONVERTER FIGURAS PARA FORMATO POSTSCRIPT
É comum você precisar converter figuras de um formato bitmap (e.g. jpeg, bmp, png, gif etc) para o formato postscript (eps, ps). Recomendo fortemente usar o programa sam2p para efetuar tal conversão. No (K)Ubuntu, tal programa está disponível via Synaptic.
O sam2p gera arquivos postscript com tamanhos *muito* menores que os gerados via outros métodos, tais como usando o programa convert (que acessa a biblioteca ImageMagick) ou GIMP.
POSSÍVEIS PROBLEMAS COM ACENTUAÇÃO NOS ARQUIVOS *.TEX
Se você abrir os arquivos *.tex para edição e constatar que os acentos foram substituídos por caracteres estranhos, ou se o mesmo problema acontecer após você latequear a tese, leia as instruções abaixo.
Convém abordar outro problema comum encontrado durante a redação da tese. Dependendo do sistema operacional que você usa para editar os arquivos-textos latex, eles são salvos com um sistema de codificação de caracteres diferente. Por exemplo, no windows e no Suse Linux o sistema padrão é ISO-8859-1; no (K)Ubuntu/Debian linux o sistema é o UTF-8. Se você salvar o arquivo no sistema UTF-8 e abrí-lo no notepad do windows, vai perceber que os caracteres aparecem corrompidos.
É importante manter uma consistência no sistema de caracteres dos arquivos *.tex. Você também pode precisar configurar o seu editor de texto predileto para que ele reconheça o sistema de codificação caso ocorram problemas. Por exemplo, no caso do Kile, basta acessar o menu Tools -> Encoding. Convém notar que o editor TeXnicCenter do windows suporta somente o formato ISO-8859-1 (sistema padrão do windows), por este motivo eu prefiro o Texmaker quando uso windows.
Caso você use um S. O. que salve os arquivos no formato UTF-8, como eu fiz, é necessário carregar o pacote utf8x (ver arquivo tese-main.tex).
Para converter a codificação dos arquivos de um sistema para o outro, basta usar o comando iconv no linux/mac. Por exemplo, o comando
iconv --from-code=ISO-8859-1 --to-code=UTF-8 iso.txt > utf.txt
converte do sistema ISO-8859-1 para o UTF-8.
HOMOLOGAÇÃO DA TESE (25/6/2009)
Um aviso: para "homologar" a sua tese ou dissertação, não é mais necessário passar pelo crivo da Zuleika na biblioteca. Somente teses/dissertações da PPG Ensino de Física precisam passar pela checagem de referências da Zuleika agora.
Infelizmente o IF não possui um modelo padrão para elaborar a tese. O modelo de tese latex que tem circulado entre os alunos há alguns anos foi inicialmente elaborado pelo Irapuan Rodrigues, quando ele escreveu a sua tese em 1999. Posteriormente, quando escrevi a minha dissertação e posteriormente a tese, introduzi algumas pequenas melhorias no template do Irapa. Aos alunos do IF-UFRGS: quem quiser este template com as atualizações, é só me mandar um e-mail.
TESE-MAIN.TEX
O arquivo principal é o tese-main.tex, que delineia a estrutura geral da tese. Nele você define:
- qual o tipo de documento a ser gerado: dissertação (mastersthesis), tese (phdthesis) ou exame (exame)
- quais os pacotes latex que você vai precisar
- informações da tese: título, autor, orientadora etc
Na parte final do arquivo, você define a ordem em que os capítulos e apêndice(s) vão aparecer editando os comandos
\include{tese-capX}
onde tese-capX é o texto contido no arquivo tese-capX.tex. Eu sugiro editar cada capítulo em um arquivo tex separado. Caso um destes arquivos seja corrompido (por exemplo, devido a uma queda de luz), pelo menos a tese toda não é perdida.
ARQUIVOS *.STY, *.CLS
Os arquivos ifnatbib.sty, isolatin1.sty, stdclsdv.sty, iftese.cls, natbib.sty, tocbibind.sty definem as propriedades da formatação da tese. Recomendável não editá-los, a não ser que você realmente saiba o que está fazendo.
BIBLIOGRAFIA USANDO BIBTEX
O arquivo tese-refs.bib contém a bibliografia do documento no formato bibtex. Você vai que copiar e colar neste arquivo a entrada bibtex de cada artigo/livro etc que você cita no corpo da tese. Uma maneira fácil de obter as referência no formato bibtex é acessar a página do ADS, achar o artigo desejado - por exemplo este aqui ;) - e procurar o link "Bibtex entry for this abstract". É possível também listar as entradas bibtex para vários artigos ao mesmo tempo no ADS, selecionando a opção "BIBTEX reference list" no campo FORMAT da página do ADS.
Quando o artigo tiver sido publicado nas revistas usuais da astronomia (ApJ, A&A, MNRAS), tome o cuidado de alterar o campo na entrada bibtex fornecida pelo ADS de
journal = {\mnras}
para
journal = mnras (retire as chaves)
Desta forma, o nome da revista correspondente vai aparecer automaticamente, e você não vai precisar escrever o nome da revista por extenso na entrada bibtex.
Quando você altera o arquivo tese-refs.bib, simplesmente "latequear" a sua tese não vai atualizar a lista de referências resultante no arquivo DVI. É necessário também rodar o comando bibtex e depois latequear. Você pode rodar o shell script make.sh (sh make.sh) que faz isto automaticamente.
Update: Sobre as referências Bibtex, há uma dica quente no post "coletando as referências da sua tese/dissertação de forma eficiente no ADS". (08/7/2009)
SCRIPTS ÚTEIS
Além do make.sh, existem alguns outros scripts que podem ser úteis. Os arquivos *.sh são shell scripts para linux/mac, enquanto os arquivos *.bat são scripts que devem ser executados num prompt de comando do windows.
clean.sh (linux/mac), clean.bat (windows)
"Limpa" o diretório da tese, apagando os arquivos que são gerados quando você "latequeia" a tese.
backup.sh (linux/mac), backup.bat (windows)
Cria uma cópia de segurança dos arquivos da tese, gerando o arquivo backup.tar. No windows é necessário instalar o programa 7-zip e alterar o caminho até o executável deste programa no arquivo .bat.
EDITORES AMIGÁVEIS DE LATEX
Eis as minhas sugestões:
Linux: Kile, Texmaker
Windows: Texmaker, TeXnicCenter
Mac OS X: TeXShop (ver também os editores listados aqui)
É claro que há também Emacs, VI, etc, porém o nome desta seção é editores amigáveis.
DICIONÁRIO DE PORTUGUÊS
É útil ter para fácil consulta um bom dicionário de português durante a escrita da sua tese. Para quem quiser (somente alunos do IF-UFRGS), está disponível a versão eletrônica do Dicionário Aurélio, que roda no windows (e também Linux e Mac OS X via Wine).
CONVERTER FIGURAS PARA FORMATO POSTSCRIPT
É comum você precisar converter figuras de um formato bitmap (e.g. jpeg, bmp, png, gif etc) para o formato postscript (eps, ps). Recomendo fortemente usar o programa sam2p para efetuar tal conversão. No (K)Ubuntu, tal programa está disponível via Synaptic.
O sam2p gera arquivos postscript com tamanhos *muito* menores que os gerados via outros métodos, tais como usando o programa convert (que acessa a biblioteca ImageMagick) ou GIMP.
POSSÍVEIS PROBLEMAS COM ACENTUAÇÃO NOS ARQUIVOS *.TEX
Se você abrir os arquivos *.tex para edição e constatar que os acentos foram substituídos por caracteres estranhos, ou se o mesmo problema acontecer após você latequear a tese, leia as instruções abaixo.
Convém abordar outro problema comum encontrado durante a redação da tese. Dependendo do sistema operacional que você usa para editar os arquivos-textos latex, eles são salvos com um sistema de codificação de caracteres diferente. Por exemplo, no windows e no Suse Linux o sistema padrão é ISO-8859-1; no (K)Ubuntu/Debian linux o sistema é o UTF-8. Se você salvar o arquivo no sistema UTF-8 e abrí-lo no notepad do windows, vai perceber que os caracteres aparecem corrompidos.
É importante manter uma consistência no sistema de caracteres dos arquivos *.tex. Você também pode precisar configurar o seu editor de texto predileto para que ele reconheça o sistema de codificação caso ocorram problemas. Por exemplo, no caso do Kile, basta acessar o menu Tools -> Encoding. Convém notar que o editor TeXnicCenter do windows suporta somente o formato ISO-8859-1 (sistema padrão do windows), por este motivo eu prefiro o Texmaker quando uso windows.
Caso você use um S. O. que salve os arquivos no formato UTF-8, como eu fiz, é necessário carregar o pacote utf8x (ver arquivo tese-main.tex).
Para converter a codificação dos arquivos de um sistema para o outro, basta usar o comando iconv no linux/mac. Por exemplo, o comando
iconv --from-code=ISO-8859-1 --to-code=UTF-8 iso.txt > utf.txt
converte do sistema ISO-8859-1 para o UTF-8.
HOMOLOGAÇÃO DA TESE (25/6/2009)
Um aviso: para "homologar" a sua tese ou dissertação, não é mais necessário passar pelo crivo da Zuleika na biblioteca. Somente teses/dissertações da PPG Ensino de Física precisam passar pela checagem de referências da Zuleika agora.
Sunday, June 7, 2009
Liberar espaço desperdiçado pelo Windows Vista
Galera, descobri que o Windows Vista usa um monte de espaço do seu HD para armazenar cópias de arquivos (shadow copies na terminologia deles) e pontos de restauração, potencialmente 20% do tamanho do HD. No meu caso, o meu laptop tem uma partição de 130 GB de espaço separada para o Vista, e descobri que o vista estava reservando 21 GB (!!!) para gravar pontos de restauração e shadow copies. Exagero.
Para remediar isto, acesse este link. O comando
vssadmin list shadowstorage
lista o espaço que o system restore está usando. O comando
vssadmin Resize ShadowStorage /For=C: /On=C: /Maxsize=3GB
reajusta o tamanho alocado para o system restore. No meu caso, eu separo um espaço de 3 GB para os pontos de restauração. Dá até pra desativar os pontos de restauração automáticos, mas eu não recomendo isto.
Pronto, espaço milagrosamente liberado no HD!
Para remediar isto, acesse este link. O comando
vssadmin list shadowstorage
lista o espaço que o system restore está usando. O comando
vssadmin Resize ShadowStorage /For=C: /On=C: /Maxsize=3GB
reajusta o tamanho alocado para o system restore. No meu caso, eu separo um espaço de 3 GB para os pontos de restauração. Dá até pra desativar os pontos de restauração automáticos, mas eu não recomendo isto.
Pronto, espaço milagrosamente liberado no HD!
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